Remarcado julgamento de dois jesuítas acusados ​​de encobrir estupros do padre Pica

A audiência contra os dois jesuítas, acusados ​​de encobrir casos de pedofilia, Marcos Recolons, 81, e Ramón Alaix, 83, foi suspensa na manhã desta quinta-feira e remarcada para o próximo dia 26 de março deste ano.

Segundo o ex-jesuíta Pedro Lima, um dos promotores do processo contra os seus ex-colegas, a audiência contra os dois padres foi suspensa por “problemas de saúde”.

Recolons afirmou ser um idoso e compareceu à audiência virtualmente, porém, Alaix “disse que estava doente”, apresentou uma receita e o juiz responsável, Samuel Vargas, decidiu suspender e reagendar a audiência.

“Estamos surpresos que tenha sido suspenso. Com prescrição médica suspenderam a audiência. Esperamos que esta seja a última vez que esta audiência será remarcada”, disse Lima.

O ex-jesuíta também confirmou que ambos os padres residem em Cochabamba.

A audiência estava marcada para esta quinta-feira no quarto tribunal de condenação criminal anticorrupção e violência contra a mulher de Cochabamba, no entanto, poucos minutos após o início da audiência, o juiz decidiu remarcar a audiência.

Recolons e Alaix estão ligados ao crime de encobrimento de casos de pedofilia na Igreja, concretamente de violações cometidas pelo Padre Alfonso “Pica” Pedrajas no final do século passado e que o mesmo padre admitiu ter cometido contra centenas de menores. , de acordo com os escritos em seu diário.

No livro onde Pica documentou as atrocidades que cometeu, mencionou Recolons e Alaix como parte de um grupo de superiores que o protegeu durante décadas. Segundo Pedrajas, os dois padres sabiam dos crimes e nunca denunciaram ou alertaram as autoridades bolivianas.

Depois de pelo menos um ano de investigações, o Ministério Público montou um processo contra os dois padres com um conjunto de acusações, 18 depoimentos de vítimas do padre.

As histórias comoventes falam de acontecimentos de violência sexual e psicológica e de um conjunto de traumas subsequentes.

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