Mulher sufoca e mata filho de três anos por derramar óleo e arroz

O município de Pojo foi palco do terceiro crime de infanticídio em Cochabamba. O caso chocou o departamento depois que se soube que uma mãe matou o filho porque o menino derramou arroz e óleo.

Segundo o promotor em questão, Richard Peredo, o incidente ocorreu no dia 12 de dezembro, por volta das 19h. Ele relatou que a mãe Judith CS, de 20 anos, ficou chateada porque o filho, de apenas três anos, derramou óleo e arroz. Cobriu seu nariz e boca.

No dia seguinte, sexta-feira, 13 de dezembro, às 9h, a mulher levou o filho ao médico afirmando que a criança “não respirava”, por isso foram encaminhados ao Hospital Aurelio Melean, no município de Totora.

Naquele hospital, os médicos relataram que a criança não apresentava sinais vitais e notaram sinais de violência no corpo da vítima, ao nível do pescoço. Isso causou suspeita entre os funcionários, que denunciaram o caso à Polícia.

Após a confirmação da morte da criança, a mulher ficou detida até a divulgação do resultado da autópsia.

O laudo da autópsia, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Forenses (IDIF), revela que a criança faleceu por anóxia anóxica por obstrução intrínseca dos orifícios respiratórios por asfixia mecânica por asfixia.

DUAS VERSÕES O Ministério Público indicou que Judith deu duas versões anteriores antes de confessar o crime. Primeiro ele disse que a criança havia sofrido um acidente, depois que estava doente e decidiu levá-la a um curandeiro local. Porém, ele não conseguiu justificar nenhuma delas e acabou confessando o crime nas celas da polícia.

JULGAMENTO Ontem, o Promotor Departamental de Cochabamba, Osvaldo Tejerina Ríos, informou que, em audiência de procedimento abreviado, ficou comprovado que Jhudith é a autora do crime de Infanticídio cometido contra seu filho. Sua pena é de 30 anos sem direito ao perdão para as mulheres de San Sebastián.

“Na audiência foram apresentados todos os elementos colhidos na investigação, incluindo o laudo de autópsia, depoimentos de testemunhas e outros que foram avaliados pela autoridade jurisdicional, além disso, o agressor admitiu o ato e passou por procedimento abreviado”, disse Tejerina.

CASOS O procurador-geral do Estado, Roger Mariaca, explicou que poucos dias antes do final de 2024 foram denunciados 28 casos do crime de infanticídio na Bolívia, totalizando 33 vítimas. “Temos 28 casos abertos de infanticídio e 33 vítimas. Em alguns casos houve entre 2 e 3 vítimas no mesmo incidente”, disse Mariaca.

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