Líderes religiosos no G20: Resolvendo as desigualdades sociais

Foto Paul Jeffrey/Vida na Terra

Roma (NEV/Reforma), 15 de novembro de 2024 – O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (WCRC), a Federação Luterana Mundial (WLF), o Conselho Metodista Mundial e o Conselho Missionário Mundial assinaram um carta aos líderes do G20 que se reunirão no Brasil a partir de domingo, carta intitulada “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.

A carta apela a uma nova arquitectura financeira e económica internacional. “O mundo de hoje é marcado por crises económicas, sociais e ambientais sem precedentes”, lê-se na carta. “A desigualdade económica atinge níveis escandalosos e desestabilizadores.”

A carta observa que nunca houve tantos multimilionários e bilionários. “No entanto, a grande maioria das pessoas enfrenta o aumento dos preços de bens essenciais, como alimentos e habitação, e a queda dos padrões de vida”, diz a carta. “De acordo com a Oxfam, desde 2020, os cinco multimilionários mais ricos duplicaram a sua riqueza, enquanto quase 5 mil milhões de pessoas ficaram mais pobres e com menos segurança alimentar.” A carta reflecte também que o aumento da desigualdade económica nas últimas décadas gerou desconfiança e perda de fé nas instituições. “Isso minou os sistemas democráticos e prejudicou a ação climática urgente”, lemos novamente. “Estes, por sua vez, aprofundaram ainda mais as disparidades num ciclo vicioso.” Os super-ricos também são em grande parte responsáveis ​​pelo colapso climático, observa a carta. «Com uma média de 2,6 milhões de toneladas de CO2 por ano, as emissões de investimento de cada bilionário são comparáveis ​​a 400.000 anos de emissões de consumo de uma pessoa média ou a 2,6 milhões de anos de emissões de consumo de alguém que vive nos 50% mais pobres do mundo.»

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Geancarlos Bonini

Geancarlos Bonini

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