Roma (NEV), 22 de outubro de 2024 – Recebemos e publicamos o comunicado de imprensa emitido hoje pela Diaconia Valdense (Comissão Sinodal para a Diaconia – CSD) sobre o caso de Moussa Diarra, o migrante morto em Verona por um policial atualmente sob investigação por excesso negligente de legítima defesa, após ter sido atacado pelo próprio Diarra com uma faca.
“Uma bala não pode ser a solução para problemas de sofrimento mental. Precisamos de um sistema adequado de assistência às pessoas migrantes frágeis” declara a Diaconia. Abaixo está o comunicado de imprensa.
Moussa foi morto por uma bala em frente à estação ferroviária de Verona. Ele frequentava o Centro Comunitário na via Campo Marzoonde os operadores de Diaconaria Valdense eles o conheciam. Como muitos outros, ele tentava regularizar a sua situação, encontrar um emprego e um alojamento estável. No entanto, Moussa não tinha os mesmos recursos que muitos dos seus companheiros de viagem. Ele estava frágil, talvez sofrendo de depressão e certamente de problemas psiquiátricos, embora ninguém possa confirmar isso com certeza, pois nunca havia sido acolhido como paciente.
O sistema de assistência aos estrangeiros recentemente imigrados não é adequado: as barreiras linguísticas e culturais, aliadas à falta de recursos e de pessoal qualificado nos serviços de saúde mental, dificultam o acesso aos cuidados necessários. Perante estas deficiências, a resposta violenta de uma bala não pode ser aceite como solução, muito menos no país que deu origem à desinstitucionalização e ao encerramento dos manicómios, estabelecendo um sistema de gestão social das doenças psiquiátricas.
O sofrimento mental é uma doença como qualquer outra e merece ser tratada como demência senil, autismo, Alzheimer, anorexia ou depressão. Não podemos criminalizar os afetados, nem imaginar que existam segmentos da população imunes a estas patologias. O direito à saúde, incluindo a saúde mental, é um direito universal.
Comissão Sinodal para o Diaconado
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