Roma (NEV), 28 de junho de 2024 – As Conferências Distritais das igrejas são verdadeiros órgãos de assembleia democrática cujo papel é avaliar o trabalho dos executivos. Tendo em vista o Sínodo Valdense, que se realizará em Torre Pellice (Turim) de 25 a 30 de agosto de 2024, as Conferências Distritais podem deliberar e dar indicações. Juntamente com as assembleias eclesiais, representam parte integrante do sistema organizacional sinodal, que de facto se desenvolve a vários níveis.
As Conferências Distritais, divididas em quatro distritos territoriais (Vales Valdenses, Norte, Centro e Sul da Itália), reuniram-se em junho em datas e locais diferentes. Destacaram alguns traços comuns: a necessidade de colaboração entre igrejas, o fortalecimento dos vínculos com os serviços diaconais e a importância de uma comunicação eficaz. Todos os distritos falaram sobre os conflitos em curso, reconhecendo o papel das igrejas no testemunho do evangelho e da paz através da acção política e social. A sustentabilidade das igrejas e o envolvimento das novas gerações foram temas recorrentes, sublinhando o compromisso de responder aos desafios atuais com uma abordagem inclusiva e inovadora.
O semanário Riforma dedicou o habitual especial na sua edição em papel que sai hoje. Baixe aqui: Especial Conferências Distritais – REFORMA 28 de junho de 2024
Distrito I
A Conferência do Primeiro Distrito, realizada nos dias 8 e 9 de junho de 2024 em Luserna San Giovanni, abordou questões cruciais como a colaboração entre igrejas, a relação com os serviços diaconais e a rejeição da guerra. Foi sublinhada a importância das reuniões entre consistórios e a necessidade de um diálogo mais estreito com os escritórios do CSD. O Projeto de Animação Juvenil suscitou grande entusiasmo, com o convite a envolver os jovens nas atividades propostas. A Comissão de Música continuará a promover a educação musical nas igrejas. Além disso, foi reiterada a importância da reflexão ecumênica e do correto arquivamento dos dados digitais. Do Primeiro Distrito chega um convite às igrejas para promoverem a educação para a paz.
II Distrito
A II Conferência Distrital realizou-se em Torre Pellice, de 14 a 16 de junho. Sara Rivoira do Gabinete da Mesa Valdense apresentou o Vademecum sobre o património cultural, sublinhando a importância de cuidar do património cultural. A comunicação, tanto interna como externa, foi um tema chave. Falou-se muito sobre paz e guerra, polarizações e dualismos, com foco nos conflitos na Palestina e em Israel, reiterando a importância de expressar diferentes posições com respeito mútuo. Depois, falámos sobre a sustentabilidade das igrejas, sobre a renovação para responder aos desafios atuais e sobre a revisão das estruturas do Circuito e do Distrito, para agilizar os órgãos administrativos.
III Distrito
De 31 de maio a 2 de junho, o III Distrito reuniu-se no Centro Ecumene, perto de Velletri, renovando o espírito de acolhimento e comunicação entre as igrejas. O pastor Francesco Marfe explorou o tema da vocação, destacando a necessidade de melhorar a comunicação interna. Patrizia Barbanotti ele sublinhou a importância de evitar um dualismo entre o povo da igreja e uma elite de crentes. A comissão examinadora esperava um trabalho coral e autocrítico, baseado na vocação e na colaboração. Também está registrada a unificação das duas igrejas na via IV Novembre em Roma, acolhida com entusiasmo. A Conferência sublinhou a importância dos laços entre as comunidades metodistas e valdenses.
IV Distrito
A IV Conferência Distrital realizou-se no hotel Mediterraneo, na Marina Guardia Piemontese, de 14 a 16 de junho. As obras, abertas por Maliq Meda, centraram-se no encontro com o outro como forma de testemunho do Evangelho. Dois temas centrais foram a paz e a diaconia. A Conferência discutiu as posições da Igreja sobre os conflitos armados, opondo-se às políticas belicistas e apelando a soluções diplomáticas para uma paz justa. Citando documentos como “O silêncio não é uma opção” e “Nunca indiferente”, reiterou-se que ignorar os problemas gera uma falsa calma. A fé em Cristo impulsiona-nos a tornarmo-nos pacificadores, promovendo a justiça social e o bem-estar comum.